Apetite de Risco – Parte 1

Introdução

Apetite de Risco é quanto risco uma organização está preparada para tomar durante o seu processo.

Se você trabalha com gestão de risco, ou mesmo apenas faz parte de área decisória de um negócio, é essencial pensar nesse aspecto dirigir sua metas e objetivos com base nele.

Não há como não ter riscos, mas além de podemos gerenciar, podemos delimitar eles.

Todos temos um apetite de risco, mesmo sem saber. Quando você sai de manhã e pega um ônibus, já delimitou seu apetite ao risco: ele pode atrasar, pode quebrar, bater e afim. Porém, você já baseou esses riscos em um apetite: melhor correr o risco de atrasar de ônibus que ir à pé ou gastar um valor do qual não disponho em um financiamento de carro.

Voltando ao mundo das empresas, determinar o apetite de risco é essencial para a equipe de gerenciamento de risco identificar suas premissas de trabalho e para que o operacional defina seus limites.

Definição

Já falei disso acima, mas vamos destrinchar melhor agora.

Primeiro vamos relembrar o que é risco. Na ISO 31000, risco é “o efeito da incerteza nos objetivos”.

Falamos um pouco mais de risco nesse artigo:

https://www.linkedin.com/pulse/avalia%25C3%25A7%25C3%25A3o-de-riscos-thiago-ferreira-1v6ef/?trackingId=ltUlZXVfQEGTVcqrobFrlQ%3D%3D

Apetite de Risco então é quanto desse risco você está suscetível a tomar, ou seja, até onde é razoavelmente ir para você. Por você quero dizer o seu negócio ou a administração da empresa.

Agora, como vou saber qual é o apetite de risco da empresa? Fazemos um documento chamado RAS – Risk appetite statement ou Declaração de Apetite de Risco.

RAS

Esse documento pode ser criado por qualquer empresa, independente do ramo ou tamanho, mas é essencial eu avisar que ele é obrigatório para instituições reguladas pelo Banco Central do Brasil, conforme disposto na Resolução BCB 4557:

“Art. 5º Os níveis de apetite por riscos devem ser documentados na Declaração de Apetite por Riscos (RAS).

§ 1º Para fins da elaboração da RAS, devem ser considerados:

I – os tipos de riscos e os respectivos níveis que a instituição está disposta a assumir;

II – a capacidade de a instituição gerenciar riscos de forma efetiva e prudente;

III – os objetivos estratégicos da instituição; e

IV – as condições de competitividade e o ambiente regulatório em que a instituição atua”

Vamos ser sinceros, seja você regulado ou não, esse artigo é uma aula do que precisamos fazer.

Feita essa declaração, nos moldes citados nos incisos, toda a empresa vai ter um norte de como trabalhar com seus riscos, ou seja, se sou de projetos, operacional, conformidade, tenho um documento claro de qual são as diretrizes.

Importante frisar que a RAS não é estática e deve ser revisada levando em consideração o momento da empresa, mercado, regulatório e outros fatores.

Outro ponto importante é como ter uma RAS que seja realmente utilizada na prática, sabemos que não podemos ser conservadores de mais e engessar a inovação do negócio, mas também não podemos deixar a empresa correr riscos desnecessários, fazendo com que o trabalho perca o objetivo.

Por fim, essencial que a sua RAS seja difundida de forma clara para a empresa, com o objetivo que seja incorporada no dia a dia de todos.

Para não deixarmos o nosso bate papo longo, vou encerrar por aqui e falamos mais outra hora.

Agradeço a atenção.

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